terça-feira, 25 de setembro de 2012

NOVA CASA

O blog Brasil no Rio vai mudar de casa.

A partir do próximo dia dois de outubro, passará a ser acessado na página

 www.brasilnorio.com.br

O blog vai virar site

As entrevistas serão diárias

As curiosidades, diferenciadas.

Os videos, semanais, sempre com uma entrevista com um atleta ou alguém ligado ao esporte.

Vai ter também promoções, com prêmios para os vencedores.

Fotos de bastidores das entrevistas.

Um logo próprio, uma identidade visual. Até os pictogramas serão personalizados do site brasilnorio.

Serão entre três e quatro posts por dia, na média.

Claro, não será um portal de notícias. Será um canal de novas informações, sem aquele "recorte e cole" de assessorias.

Enquanto o site não está no ar, curtam a página do facebook:
www.facebook.com/brasilnorio

E, claro, o twitter: @brasilnorio

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Robert Scheidt

O maior medalhista da história do Brasil parece estar com o caminho traçado para a Olimpíada do Rio, em 2016. Medalhista olímpico em 2008 e 2012 na classe Star, está fazendo o caminho de volta e deve competir os Jogos de 2016 na classe laser.

Na longa carreira olímpica, cinco medalhas em cinco disputas. Ouro na classe Laser em 1996 e 2004. Prata na Laser em 2000 e na Star em 2008. Bronze na Star em 2012.

Mas, a Classe Star deve sair do programa olímpico para a próxima Olimpíada. As chances são gigantescas. Aliás, já ficou definido que a classe não fará parte do programa. Porém, em novembro terá uma reunião que pode trazer a Star de volta. Mas é bem complicado, bem complicado mesmo.

A partir de amanhã, Robert participa do Campeonato Italiano da classe Laser. São mais de cem atletas competindo e será um bom teste para ele. Na classe laser, em que competiu até 2005, são oito títulos mundiais e três medalhas olímpicas.

Vale lembrar que a classe Laser é uma classe que exige muito do físico e tem uma média de idade bem menor do que a da Star. Nos Jogos de 2016, terá 43 anos.

Para se ter uma ideia, nos Jogos de Londres, o campeão olímpico, o australiano Tom Slingsby tem apenas 28 anos. O vice campeão, Pavlos Kontides ganhou a medalha com apenas 22 anos. O terceiro colocado,
Rasmus Mygren tem 34 anos. A média de idade dos 10 que participaram da Regata da Medalha era de 27 anos.

E Robert terá 43 nos Jogos do Rio.

Mas, nunca duvide do maior medalhista olímpico da história do Brasil.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Coluna César Castro

Caros amigos,

 Primeiramente gostaria de agradecer ao amigo Guilherme pela oportunidade de poder escrever por mais 4 anos em seu blog e poder falar de minha preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e do esporte que tanto amo, os saltos ornamentais.

 Como todos viram, semana passada o Governo Federal lançou um plano de investimento de R$ 2,5 bilhões no esporte com o objetivo de alavancar o Brasil aos 10 melhores no quadro de medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

 Como atleta, eu achei ótimo, claro, pois esse investimento vai ajudar e melhorar muito alguns esportes e atletas específicos que já tem uma boa bagagem e anos de treino.

 Porém, para essa notícia ficar perfeita, penso que está faltando algo de extrema importância: a ideia da continuidade. E depois dos Jogos Olimpicos do Rio? E o plano para estarmos entre os 8 melhores nos jogos de 2020, entre os 6 melhores em 2024 e os 3 melhores 2028?.

O que fazer com a vontade de praticar esporte das milhares de crianças brasileiras depois de terem assistido os melhores atletas do mundo aqui no Brasil?

 Se o investimento e planejamento não for contínuo, penso que perderemos a melhor oportunidade de todos os tempos para mudar nossa cultura do esporte.

 Corremos o risco de voltarmos a conhecida realidade de falta de patrocínio, quadras, bolas, piscinas, equipamentos esportivos, professores e continuaremos a ver um monte de crianças com potencial sendo disperdiçado por nunca ter tido uma chance de vivenciar qualquer esporte.

 Acredito que dinheiro, hoje, já não é o nosso grande problema, e sim a falta de um bom planejamento a médio e longo prazo.

 O primeiro passo já foi dado. Que o próximo seja rumo à continuidade.

 Abraço a todos,

 César

César Castro é o melhor atleta da história dos saltos ornamentais brasileiro, finalista olímpico em 2004 e quinto colocado no mundial de 2009.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mundial por equipes

Como já falei aqui algumas vezes, a Federação Internacional de Judô está lutando para que a competição por equipes entre no programa olímpico já no Rio de Janeiro, em 2016.

As chances são boas pois, para o Comitê Olímpico, o maior problema é o aumento do número de atletas e, a competição por equipes, não faria com que mais atletas viajassem para a Olimpíada, já que 95% deles estariam nos Jogos já para disputa individual.

O módulo de disputa por equipes é simples. São cinco lutas em cada confronto e quem vencer mais, passa de fase. As categorias das lutas por equipes seriam:

Masculino: Até 66kg;Até 73kg; Até 81kg; Até 90kg; Acima de 100kg
Feminino: Até 52kg;Até 57kg; Até 63kg;Até 70kg; Acima de 70kg

No último mundial individual, em Paris, tivemos pela primeira vez a competição por equipes no mesmo torneio. Na ocasião, a França levou o ouro vencendo o Brasil na final por 3x2 no masculino enquanto, no feminino, o título também foi para França. E, segundo o pessoal da Confederação Brasileira, o feedback do Comitê Olímpico Internacional desse mundial foi muito bom.

E é muito legal que a estratégia vale muito. No Pan por equipes, ano passado, o Brasil venceu Cuba mudando as lutadoras de última hora. Mayra Aguiar, da categoria até 78kg entrou na luta acima de 70kg, geralmente disputada entre as superpesadas. Foi lá, venceu a rival bem mais pesada e chegou ao ouro.

Ainda esse ano, em outubro, acontece o mundial por equipes,em Salvador. Não sei se, realmente, os melhores atletas do mundo virão ao Brasil lutar, mas a verdade é que é mais um teste para que a competição entre no programa.

A ideia é que cada competição, masculina e feminina, conte com oito equipes, com pelo menos uma de cada continente. As disputas seriam em mata-mata, com os perdedores indo para repescagem pelo bronze.

Seriam duas medalhas bem prováveis para o Brasil.

Vamos aguardar.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vôlei de praia

Aconteceu no último fim-de-semana a primeira etapa da temporada 2012/13 do Circuito Banco do Brasil de vôlei de praia.

A primeira dessa nova fase do Circuito, que agora começa no fim do ano e termina no início do ano seguinte, que é transmitido pela TV e com uma organização maior e mais ações de marketing. Enfim, acho que é uma nova Era no Circuito Nacional.

 Só fora das quadras.

 Dentro das quadras, mais do mesmo.

 Emanuel e Alison venceram a primeira etapa, derrotando na final Bruno e Franco. Isso mesmo, dois jogadores que estiveram na Olimpíada de NOVENTA E SEIS(Emanuel e Franco), fizeram a final da etapa de Cuiabá do circuito.

 No feminino, Juliana e Larissa, mesmo cansadas e com Juliana machucada, a base de anti-inflamatórios, elas foram campeãs. Venceram na final Agatha e Barbara Seixas.

 Estamos a quase quatro anos dos Jogos Olímpicos do Rio e ainda é cedo, muito cedo para apontar algumas duplas que vão estar juntas até lá.

 Vale lembrar que Emanuel e Alison se juntaram em 2010, ou seja, não atuaram juntos o ciclo olímpico inteiro. Ricardo e Pedro Cunha, que também jogaram juntos em Londres, se juntaram na metade de 2011. 

É bem possível que ocorra a mesma "Salada de duplas" do último ciclo, com várias desfeitas de parcerias. aconteceça no masculino, principalmente pelo fato dos possíveis(para não dizer prováveis) aposentadorias dos veteranos Emanuel,Ricardo e Marcio.

Do masculino, ainda é muito, muito difícil prever alguma coisa para esse ciclo.

 No feminino, Juliana e Larissa devem continuar juntas pelo ciclo inteiro, apesar da aparente briga que tiveram em Londres. Tem gás e idade para isso.

 Talita e Maria Elisa estão juntas, assim como Agatha e Barbara Seixas, que tiveram alguns bons resultados nos últimos anos. Lili e Rebecca(que foi prata no mundial sub-21 há poucas semanas) jogaram muito bem, principalmente a Rebecca, nessa primeira etapa do Circuito e pode ser uma dupla que vai dar trabalho.

 Maria Clara jogou essa primeira etapa com Wal. Renata não jogou, nem Carol. Ainda tem muita coisa para acontecer nesse ciclo com relação a definição das duplas.

 Uma coisa podem ter certeza. Em 2016 o Brasil vai ter quatro duplas muito competitivas e que terão tudo para trazer quatro medalhas para o Brasil.

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sábado, 15 de setembro de 2012

Seleção feminina de hóquei na grama

Aquela história do Brasil estar automaticamente classificado para os Jogos Olímpicos do Rio não é 100% verdade.

Nos esportes individuais, o Brasil terá o direito de levar pelo menos um atleta, mesmo se não tiver classificado pelos torneios pré olímpicos.

Agora, nos coletivos isso não acontece. O país sede tem a preferência de levar uma equipe, mas não necessariamente o direito.
Existe um termo nas regras que diz:

"O time precisa mostrar competividade e um sólido legado para modalidade no país"

Como já disse isso aqui, não existe a mínima chance do futebol,vôlei,basquete ou handebol ficar de fora. O polo aquático, tanto masculino como o feminino, também vão se classificar, apesar de não terem ficado entre os 12 melhores do mundo nos últimos mundiais. Mas são sim "competitivos", participam sempre de mundiais em todas as categorias. O Rugby, esporte que entra no programa em 2016, está crescendo muito no Brasil e com certeza as seleções nacionais estarão disputando a Olimpíada.

O problema brasileiro é o hóquei na grama, modalidade que começou a engatinhar por aqui dois anos antes do Pan do Rio, quando a equipe foi montada.

O hóquei na grama masculino está mostrando uma evolução.Já briga pela terceira posição nos campeonatos sul-americanos, quase conseguiu a vaga no Pan de Guadalajara- perdeu no play-off-, participou de forma honrosa(apesar de ter perdido todos os jogos) do Pré Olímpico mundial no último mês de abril e se classificou para a Copa Pan-Americana do ano que vem, ficando em segundo lugar na segunda divisão da Copa, disputada ano passado. As categorias de base estão começando a ter alguns bons resultados- Na Copa América juvenil que está sendo disputada nessa semana, o Brasil está com uma vitórias e uma derrota e pode sim brigar por um bom resultado.

Acho que o time masculino do Brasil vai sim disputar a Olimpíada.

Agora o feminino é um problema maior. Nas Copas Américas e campeonatos sul-americanos praticamente só derrotas. Na segunda divisão da Copa América, o Brasil ficou em terceiro e permaneceu na "série B". Na Copa América Juvenil,disputada essa semana, por enquanto são quatro derrotas em quatro jogos, todos perdidos por goleada.

Se fosse para ter uma opinião, acho que a Federação Internacional de Hóquei na grama juntamente com o Comitê Olímpico Internacional, vai 'liberar" a classificação do time masculino e deixar o feminino de fora.

Nas duas últimas Olimpíadas, britânicos e chineses tiveram times em todos os esportes coletivos, mesmo aqueles que não tem tanta tradição. Os britânicos, por exemplo, ficaram lá atrás no handebol, no vôlei e no polo aquático.

Em 2004, a Federação de Hóquei na grama escolheu por não dar a vaga para os gregos, que tiveram que disputar os torneios pré olímpicos e acabaram eliminados.

A decisão deve sair no ano que vem.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Plano medalhas 2016

O tal "Plano de Medalhas" já assinado pela Dilma vai trazer R$ 1 bilhão de reais para o esporte nacional.

O dinheiro é bem vindo. Muito bem vindo e merecido.

Mas será usado da pior maneira possível.

O nome do plano "Medalhas 2016" já é errado. Como é que você vai investir 1 bilhão de reais para trazer medalhas em 2016 e esquecer o futuro?

É um claro plano emergencial que na minha opinião não vai dar certo. É um plano para que em 2016 o Brasil traga mais medalhas, mas não é um plano que visa o Brasil virar uma potência olímpica.

Vamos acabar virando uma Espanha da vida, que foi muito bem na Olimpíada de 1992, quando sediou, e depois jamais chegou perto do resultado. Ou uma Grecia, que em 2004 ganhou seis ouros, mas que vive de migalhas atualmente. Quando o objetivo seria virar uma Coreia do Sul,que em 1988 conseguiu uma boa colocação e depois se manteve entre os melhores do mundo.

Que em 2016 o Brasil vai fazer uma ótima campanha isso é evidente. Brasil tem totais condições de levar umas 30 medalhas para casa e ficar entre os 10 primeiros. E não vão ser esses um bilhão de reais que vão ser o fator diferencial. O diferencial é jogar em casa e em casa, como já disse algumas vezes por aqui, "tudo dá certo".

Esse R$ 1 bilhão de reais poderiam ser investidos na base do esporte e não no alto rendimento. Se você investir esse R$ 1 bilhão na base em 2016 você não vai ver o resultado. Mas em 2020, 2024 com certeza...

E na minha opinião, o governo deveria só incentivar o esporte de base.E as empresas privadas o esporte de alto rendimento.

Com o perdão do trocadilho, a base é a base de tudo.

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